sábado, 9 de agosto de 2014




“Você já amou? É horrível, não? Você fica tão vulnerável. O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer um pode entrar em você e bagunçar tudo. Você ergue todas essas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, para que nada possa lhe causar mal. Aí uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outro idiota, entra em sua vida. Você dá a essa pessoa um pedaço seu, e ela nem pediu. Um dia, ela faz alguma coisa besta como beijar você ou sorrir, e de repente sua vida não lhe pertence mais. O amor faz reféns. Ele entra em você. Devora tudo que é seu e lhe deixa chorando na escuridão. E então uma simples frase como ‘talvez devêssemos ser apenas amigos’ se transforma em estilhaços de vidro rasgando seu coração. Isso dói. Não só na sua imaginação ou mente. É uma dor na alma, uma dor no corpo, é uma verdadeira dor-que-entra-em-você-e-o-destroça-por-dentro. Nada deveria ser assim, principalmente o amor. Odeio o amor.”

Rose Walker (Sandman)

domingo, 18 de maio de 2014



"Alguém uma vez disse que a morte não é a maior perda na vida. A grande perda é o que morre em nós enquanto vivemos. Poderia dizer quem falou isto, mas quem liga? [...] Parece tudo tão falso, a idéia de que boas coisas acontecem para boas pessoas, que há mágica no mundo e que os mansos e justos a herdarão. Existem tantas pessoas boas que sofrem por algo assim, para falar a verdade. Existem tantas orações não respondidas. Todos os dias ignoramos como o mundo está arruinado, e dizemos a nós mesmos que tudo ficará bem. 'Você vai ficar bem'. Mas não está bem. E uma vez que se dá conta disso não há volta. Não há mágica no mundo. Pelo menos, não hoje".

"Sinto que as pessoas se perdem quando pensam na felicidade como um destino. Estamos sempre pensando que um dia seremos felizes. Teremos aquele carro ou aquele emprego ou a pessoa de nossas vidas que vai resolver tudo. Mas a felicidade é um estado. É uma condição, não um destino. É como estar cansado ou com fome. Não é permanente. Isso vai e volta e está tudo certo. Sinto que se as pessoas pensassem isso dessa forma, elas encontrariam a felicidade muito mais vezes. Felicidade é um estado, e não um destino".

terça-feira, 11 de março de 2014

Saber viver



Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser: 
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo, 
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar

domingo, 19 de janeiro de 2014

People change.


Me odeie

Qual é o teu segredo? Do que você tem medo?
Não sou nenhum brinquedo que pode se quebrar

Me dê algum motivo por não estar contigo.
Quero saber se você tem um novo amigo

Que ama você como eu amei?
E que também vai te proteger
E te dar o que eu não te dei...

Me desgrace, me odeie,
Só nunca esqueça que eu amei você
Me difame, me odeie,
Só nunca esqueça que eu amei você

Eu fui aos céus com você e ao inferno também
Depois de ir às nuvens quase caímos no chão

Amar é muito fácil difícil é esquecer
Que um dia todo amor que tinha eu dei pra você

Quando percebi que não foi demais
Já era muito tarde pra voltar atrás
Pra te dar o que eu não te dei

Por isso:
Me desgrace, me odeie,
Só nunca esqueça que eu amei você
Me difame, me odeie,
Só nunca esqueça que eu amei você

Me desgrace, me odeie,
Só nunca esqueça que eu amei você
Me difame, me odeie,
Só nunca esqueça que eu amei você


by Reação em Cadeia

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

The Pieces Don't Fit Anymore


I've been twisting and turning in a space that's too small.
I've been drawing the line and watching it fall,
You've been closing me in, closing the space in my heart.
Watching us fading and watching it all fall apart.

Well I can't explain why it's not enough, 'cause I gave it all to you.
And if you leave me now, oh just leave me now, it's the better thing to do,
It's time to surrender, it's been to long pretending.
There's no use in trying, when the pieces don't fit here anymore.
Pieces don't fit here anymore.

Well you pulled me under, I had to give in.
Such a beautiful myth that's breaking my skin.
Well I'll hide all the bruises, I'll hide all the damage thats done.
But I show how I'm feeling until all the feeling has gone.

Well I can't explain why it's not enough, 'cause I gave it all to you.
And if you leave me now, oh just leave me now, it's the better thing to do,
It's time to surrender, it's been to long pretending.
There's no use in trying, when the pieces don't fit here anymore.
Pieces don't fit here anymore.

Ooh don't missunderstand,
How I feel.
Cause I've tried, yes I've tried.
But still I don't know why, no I don't know why.
I don't know why

By James Morrison

sábado, 26 de outubro de 2013

Um convite ao vôo


Milênio vai, milênio vem, a ocasião é propícia para que os oradores de inflamado verbo discursem sobre os destinos da humanidade e para que os porta vozes da ira de Deus anunciem o fim do mundo e o aniquilamento geral, enquanto o tempo, de boca fechada, continua sua caminhada ao longo da eternidade e do mistério.

Verdade seja dita, não há quem resista: numa data assim, por arbitrária que seja, qualquer um sente a tentação de perguntar-se como será o tempo que será. E vá-se lá saber como será. Temos uma única certeza: no século 21, se ainda estivermos aqui, todos nós seremos gente do século passado e , pior ainda, do milênio passado.

Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível:

o ar estará livre de todo o veneno que não vier dos medos humanos e das paixões humanas; nas ruas os automóveis serão esmagados pelos cães; as pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas pelo computador; nem compradas pelo supermercado, nem olhadas pelo televisor; o televisor deixará de ser o membro mais importante da família e será tratado como o ferro de passar e a máquina de lavar roupa;
as pessoas trabalharão para viver, em vez de viver para trabalhar; será incorporado aos códigos penais o delito da estupidez, cometido por aqueles que vivem para ter e para ganhar, em vez de viver apenas por viver, como canta o pássaro sem saber que canta e como brinca a criança sem saber que brinca;

em nenhum país serão presos os jovens que se negarem a prestar serviço militar, mas irão para a cadeia os que desejarem prestá-lo; os economistas não chamarão nível de vida de nível de consumo, nem chamarão qualidade de vida a quantidade de coisas;

os cozinheiros não acreditarão que as lagostas gostam de serem fervidas vivas; os historiadores não acreditarão que os países gostam de ser invadidos; os políticos não acreditarão que os pobres gostam de comer promessas;

ninguém acreditará que a solenidade é uma virtude e ninguém levará a sério aquele que não for capaz de deixar de ser sério; a morte e o dinheiro perderão seus mágicos poderes e nem por falecimento ou fortuna o canalha será transformado em virtuoso cavaleiro; ninguém será considerado herói ou pascácio por fazer o que acha justo em lugar de fazer o que mais lhe convém;

o mundo já não estará em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza, e a indústria militar não terá outro remédio senão declarar-se em falência; a comida não será uma mercadoria e nem a informação um negócio, por que a comida e a informação são direitos humanos; ninguém morrerá de fome, porque ninguém morrerá de indigestão;

os meninos de rua não serão tratados como lixo, porque não haverá meninos de rua; os meninos ricos não serão tratados como se fossem dinheiro, porque não haverá meninos ricos; a educação não será privilégio de quem possa pagá-la; a polícia não será o terror de quem não possa pagá-la; a justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viverem separadas, tornarão a unir-se, bem juntinhas, ombro contra ombro;

uma mulher, negra, será presidente do Brasil, e outra mulher, negra, será presidente dos Estados Unidos da América; e uma mulher índia governará a Guatemala e outra o Peru; na Argentina, as loucas da Praça de Mayo serão um exemplo de saúde mental, porque se negaram a esquecer dos tempos da amnésia obrigatória;

a Santa Madre Igreja corrigirá os erros das tábuas de Moisés e o sexto mandamento ordenará que se festeje o corpo; a Igreja também ditará outro mandamento, do qual Deus se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte"; serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma; os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles são os que se desesperam de tanto esperar e os que se perdem de tanto procurar;

seremos compatriotas e contemporâneos de todos que tenham aspiração de justiça e aspiração de beleza, tenham nascido onde tenham nascido e tenham vivido quando tenham vivido, sem que importem nem um pouco as fronteiras do mapa ou do tempo;

a perfeição continuará sendo um aborrecido privilégio dos deuses; mas, neste mundo confuso e fastidioso, cada noite será vivida como se fosse a última e cada dia como se fosse o primeiro.

by Eduardo Galeano

domingo, 6 de outubro de 2013

All I ask of you


No more talk of darkness,
forget these wide-eyed fears;
I'm here, nothing can harm you,
my words will warm and calm you.
Let me be your freedom,
let daylight dry your tears;
I'm here, with you, beside you,
to guard you and to guide you.

Christine
Say you'll love me ev'ry waking moment;
turn my head with talk of summertime.
Say you need me with you now and always;
promise me that all you say is true,
that's all I ask of you.

Raoul
Let me be your shelter,
let me be your light;
you're safe, no one will find you,
your fears are far behind you.

Christine
All I want is freedom,
a world with no more night;
and you, always beside me,
to hold me and to hide me.

Raoul
Then say you'll share with me one love, one lifetime;
let me lead you from you solitude.
Say you need me with you, here beside you,
anywhere you go, let me go too,
that's all I ask of you.

Christine
Say you'll share with me one love, one lifetime.
Say the word and I will follow you.

Together
Share each day with me, each night, each morning.

Christine
Say you love me...

Raoul
You know I do.

Together
Love me, that's all I ask of you.

Anywhere you go let me go too
Love me...
that's all I ask of you.

by The Phantom of the Opera

domingo, 4 de agosto de 2013

I carry your heart with me


I carry your heart with me (I carry it in
My heart) I am never without it (anywhere
I go you go, my dear; and whatever is done
By only me is your doing, my darling)
I fear
No fate (for you are my fate, my sweet) I want
No world (for beautiful you are my world, my true)
And it's you are whatever a moon has always meant
And whatever a sun will always sing is you

Here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
And the sky of the sky of a tree called life; which grows
Higher than the soul can hope or mind can hide)
And this is the wonder that's keeping the stars apart

I carry your heart (I carry it in my heart)

E. E. Cummings